Néstor Baguer, o mais velho espião da segurança cubana e que durante vários anos esteve infiltrado na dissidência interna, morreu nesta segunda-feira aos 83 anos de uma parada cardíaca, disse hoje à EFE sua ex-esposa, Nora Lamboley. O veterano espião estava internado há quatro meses e meio no Hospital Calixto García de Havana, segundo a fonte.
Néstor Everardo Baguer Sánchez-Galarraga ainda trabalhava como jornalista na Agência de Informação Nacional (AIN) e, no momento de sua morte, estava acompanhado por sua filha Emmé Baguer, disse Lamboley.
Baguer trabalhou para a Segurança do Estado desde 1960 e esteve infiltrado desde o início dos anos 90 entre os chamados "jornalistas independentes" em Cuba.
Seu testemunho nos julgamentos sumarios feitos em 2003 contra 75 dissidentes serviu para condenar alguns deles, como seu "amigo" Raúl Rivero, considerado um dos melhores jornalistas e poetas de sua geração, condenado a 20 anos de prisão por "conspirar" com os EUA.
No entanto, reconheceu que sentia certa pena de Rivero, a quem classificou de "bom jornalista, melhor poeta e um homem muito inteligente" que se deixou levar pela bebida.
Blanca Reyes, esposa de Rivero, declarou hoje à EFE que não lamentava sua morte, mas também não estava feliz. "Dedicou-se a ter dinheiro e não ideais", disse.
Já Marta Beatriz Roque, única mulher do grupo de 75 dissidentes presos em abril do ano passado, disse à EFE que "Baguer difamou pessoas muito importantes do mundo intelectual, como Raúl Rivero. Segundo ela garantiu, o veterano espião foi uma "pessoa baixa e extremamente mentirosa".
"Eu me infiltrei para defender Cuba, nossa pátria, nossa nacionalidade. Não vamos permitir a entrada dos americanos. A única forma de impedir isso é trabalhar para a segurança", disse Baguer em entrevista à EFE em abril do ano passado.
O "agente Octavio", como foi batizado pela segurança cubana, tinha um passe permanente de acesso à Seção de Interesses dos Estados Unidos em Havana (SINA) e foi um dos que liderou, em 14 de março, um encontro sobre ética jornalística na residência do chefe do Escritório, James Cason.
"Os americanos não podem me enganar, porque me eduquei em uma universidade americana e os conheço muito bem", disse Baguer na época.
Desde 1973, dividiu seu "trabalho" como espião com o de jornalista e membro da Academia Cubana, escrevendo artigos sobre o uso do idioma castelhano e as incorreções da língua.
Em 1991, a Academia Cubana o expulsou, supostamente por faltas depois de uma queda na qual quebrou o quadril.
Fonte: terra
Néstor Everardo Baguer Sánchez-Galarraga ainda trabalhava como jornalista na Agência de Informação Nacional (AIN) e, no momento de sua morte, estava acompanhado por sua filha Emmé Baguer, disse Lamboley.
Baguer trabalhou para a Segurança do Estado desde 1960 e esteve infiltrado desde o início dos anos 90 entre os chamados "jornalistas independentes" em Cuba.
Seu testemunho nos julgamentos sumarios feitos em 2003 contra 75 dissidentes serviu para condenar alguns deles, como seu "amigo" Raúl Rivero, considerado um dos melhores jornalistas e poetas de sua geração, condenado a 20 anos de prisão por "conspirar" com os EUA.
No entanto, reconheceu que sentia certa pena de Rivero, a quem classificou de "bom jornalista, melhor poeta e um homem muito inteligente" que se deixou levar pela bebida.
Blanca Reyes, esposa de Rivero, declarou hoje à EFE que não lamentava sua morte, mas também não estava feliz. "Dedicou-se a ter dinheiro e não ideais", disse.
Já Marta Beatriz Roque, única mulher do grupo de 75 dissidentes presos em abril do ano passado, disse à EFE que "Baguer difamou pessoas muito importantes do mundo intelectual, como Raúl Rivero. Segundo ela garantiu, o veterano espião foi uma "pessoa baixa e extremamente mentirosa".
"Eu me infiltrei para defender Cuba, nossa pátria, nossa nacionalidade. Não vamos permitir a entrada dos americanos. A única forma de impedir isso é trabalhar para a segurança", disse Baguer em entrevista à EFE em abril do ano passado.
O "agente Octavio", como foi batizado pela segurança cubana, tinha um passe permanente de acesso à Seção de Interesses dos Estados Unidos em Havana (SINA) e foi um dos que liderou, em 14 de março, um encontro sobre ética jornalística na residência do chefe do Escritório, James Cason.
"Os americanos não podem me enganar, porque me eduquei em uma universidade americana e os conheço muito bem", disse Baguer na época.
Desde 1973, dividiu seu "trabalho" como espião com o de jornalista e membro da Academia Cubana, escrevendo artigos sobre o uso do idioma castelhano e as incorreções da língua.
Em 1991, a Academia Cubana o expulsou, supostamente por faltas depois de uma queda na qual quebrou o quadril.
Fonte: terra
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